A rotatividade de pessoal está em alta no Brasil. Segundo uma pesquisa apresentada pelo site da Exame, este aumento foi de assustadores 82% ao longo dos últimos anos. Considerando que no mundo todo cresceu 38%. Impactando negativamente no cotidiano dos empreendimentos, esses altos índices precisam ser entendidos para que estratégias sejam traçadas a fim de diminuí-los.
Neste artigo, além de entender o que é rotatividade de pessoal, será possível compreender sua importância. Além disso, você poderá ver 5 dicas para evitar a rotatividade e manter seus colaboradores felizes e motivados.
O que é rotatividade de pessoal?
Conhecido dentro do setor de Recursos Humanos como Turnover, rotatividade de pessoal refere-se à saída dos funcionários de uma organização. Independente dos motivos, do trabalhador ou da empresa, manter essa rotatividade sempre baixa é imprescindível.
Podendo prejudicar a qualidade do serviço, assim como o seu tempo de execução, atentar-se para manter a equipe é essencial. Vale ressaltar que em inúmeras circunstâncias o cliente pode ser atingido, o que é extremamente prejudicial para a empresa.
Por que é importante se preocupar com a rotatividade de pessoal?
Manter uma mesma equipe por um longo período significa ter acesso a incríveis benefícios. Veja alguns dos principais que demonstram a importância em se preocupar com isso no dia a dia empresarial:
Desligar funcionários gera custos
Tratando-se de RH é importantíssimo considerar os custos diretos e indiretos que se relacionam a contratação/demissão de um colaborador. Quem está de fora do departamento pode não ter plena consciência de quais são esses custos, porém são vários.
Sabe aquela grande quantia de dinheiro que o colaborador costuma receber logo ao sair de uma empresa? Pois é, este saldo é o primeiro entre os grandes gastos da demissão! Saldo de salário, relativo de 13º, abono, férias se estiverem vencidas e proporcional, aviso prévio se couber e etc. A lista é extensa e bastante custosa para a empresa.
Perda de conhecimento
Funcionários levam consigo amplo conhecimento sobre a empresa e o cargo em que estavam atuando. Além de ser uma perda custosa financeiramente falando, também é em termos intelectuais, causando um verdadeiro prejuízo para o negócio.
O capital humano é tão importante quanto o financeiro ou mobiliário. Sem profissionais eficientes nada é feito mesmo em tempos de automação. Neste contexto, perder conhecimento é um risco para o desenvolvimento da empresa.
É difícil substituir bons colaboradores
Além de ser difícil encontrar pessoas competentes para preencher as vagas em aberto este também é um processo bastante custoso. Os procedimentos de recrutamento, seleção e contratação de novos colaboradores exigem altos investimentos de tempo e de dinheiro. Coisas que demandam certo planejamento, não é mesmo?
Há cargos e funções que não podem, de jeito nenhum, ficar desocupados levando, assim, a uma contratação malfeita ou impensada. Neste contexto, dificilmente os velhos e bons funcionários conseguem ser devidamente bem substituídos e o prejuízo vem em médio prazo.
Período de adaptação das novas contratações
Tempo dentro do cenário empresarial é dinheiro! Esta premissa é uma verdade que tem perdurado séculos e que assim continuará. Pensando sob essa perspectiva, o período de adaptação de um novo funcionário pesa negativamente na balança do negócio.
Enquanto o colaborador estiver aprendendo e dando seus primeiros passos dentro do cargo ele não poderá contribuir com os lucros. O ritmo só será retomado após a completa aprendizagem do contratado podendo este tempo ser de semanas ou meses.
Alta rotatividade de pessoal pode prejudicar a imagem da empresa
O índice de rotatividade de pessoal em uma empresa a classifica como boa ou ruim para se trabalhar. A linha de pensamento é bastante simples: Se o lugar é bom, os funcionários não terão motivos para sair; caso contrário, será frequente o ritmo de demissões.
Profissionais que estejam procurando emprego podem não se sentir atraídos em trabalhar nas empresas com muita rotatividade. Isso, é claro, atinge o negócio ao atrasar seu processo de contratação.
Motivos e causas da rotatividade de pessoal
São muitos os motivos que levam um funcionário a pedir as suas contas. A seguir, estão alguns dos mais recorrentes e comuns:
- Ambientes de trabalho hostis;
- Remuneração baixa;
- Falta de benefícios para os colaboradores;
- Líderes que não sabem liderar;
- Falta de um bom plano de carreira;
- Rotina que não motiva;
- Mercado oferecendo melhores oportunidades.
Segundo uma pesquisa da Robert Half, a baixa remuneração e falta de reconhecimento correspondem a 33% dos motivos para demissão. A desmotivação também é um importante personagem neste cenário. Atinge a outros 30% que decidem sair da empresa.
Fazendo uma análise crítica hoje sobre a sua empresa, qual desses motivos têm levado mais funcionários a pedirem demissão?
Se você não faz ideia da resposta a essa pergunta, está na hora de colocar em prática uma entrevista de desligamento. Você sabe o que é isso?
Assim como o funcionário passa por uma entrevista para entrar na organização, ao sair ele deve passar por outra. Ao ser demitido é importante questionar alguns pontos que o colaborador observou ao longo do seu tempo de empresa.
Nesta entrevista é importante descobrir o motivo do desligamento e questionar se o funcionário voltaria a trabalhar na empresa no futuro. Também solicite sua avaliação referente a temas como relacionamento interpessoal, recursos físicos, planejamento e etc.
Quer evitar a rotatividade de pessoal de uma vez por todas? Veja as 5 dicas para combater este mal em sua empresa ou setor hoje mesmo!
1. Contrate profissionais que se encaixam ao estilo da empresa
A primeira dica para diminuir a rotatividade de pessoal dentro da empresa é saber contratar corretamente. Escolher candidatos que se encaixam ao perfil e aos valores do negócio é o jeito mais simples de não errar.
Dedique um maior tempo aos processos de recrutamento e seleção. Seja mais incisivo e pesquise mais a fundo sobre a vida e o comportamento do candidato antes de selecionar alguém.
Sempre que possível disponibilize também uma etapa deste processo para que o gestor ou líder do departamento participe junto. Ele com certeza terá uma visão mais apurada sobre as qualidades e aptidões técnicas do entrevistado diminuindo equívocos na contratação.
2. Invista no colaborador
Uma vez que o funcionário já esteja contratado, mantê-lo é uma tarefa que exige cuidados árduos e contínuos. Não permita que o colaborador enxergue no seu concorrente uma melhor proposta ou motivo para lhe abandonar. Veja a seguir algumas iniciativas que podem ajudar neste quesito:
Trace políticas de salário e benefícios
Avalie sempre se o salário e os benefícios oferecidos pela empresa estão compatíveis com o mercado. Quando possível, ofereça um algo a mais, afinal isso fará com que o funcionário literalmente vista a camisa do negócio.
Desenvolva planos de carreira atingíveis
Quais as oportunidades de crescimento dentro da empresa? Um funcionário que começa a trabalhar hoje já sabe até onde pode ir tratando-se de cargos? O plano de carreira motiva e deve ser atingível por todos. Ele é também um dos responsáveis pela baixa rotatividade de pessoal.
Crie vínculos e experiências positivas
Colaboradores que criam vínculo com a empresa não a trocam por R$ 100 reais a mais em outro salário. Se a folha de pagamento da empresa está no limite e não é possível atrair pagando-se mais, invista em experiências! Crie momentos, boas recordações e estreite o relacionamento com cada um dos funcionários.
3. Trabalhe com feedback e políticas de reconhecimento
Reconhecer um trabalho bem feito é uma das maiores qualidades de um bom líder. Portanto, se o colaborador atingiu a meta proposta, parabenize-o! Se ele a ultrapassou, reconheça seu esforço e quando possível, lhe conceda algum tipo de prêmio.
Muitos gestores estão presentes na hora de apontar erros, porém se esquecem completamente de reconhecer os acertos dos funcionários. Isso é um grande equívoco.
Trabalhe com uma rotina de feedback sobre o que está acontecendo na empresa e contraste com os resultados do funcionário. Aponte o que pode ser melhorado e definam juntos as estratégias para isso.
4. Solicite a opinião da equipe
Não seja inatingível com a sua equipe. Por outro lado, seja um profissional que ouve a opinião dos outros e que se dedica a encontrar meios de agradar a todos. Mesmo que seja difícil, ou até mesmo impossível, dê vez para que todos falem. Inclusive, esse é um fator importante para evitar fofoca no ambiente de trabalho.
Reuniões de equipe são propícias para abrir espaço para que os funcionários falem. Ouça atentamente, pois dessas opiniões e sugestões podem surgir excelentes ideias. Afinal, o colaborador vê a empresa e seus processos com olhos distintos de seus líderes, gestores e diretores.
Quem disse que não pode surgir uma ideia revolucionária neste bate-papo? Além de estimar o funcionário, ouvi-los também é uma grande oportunidade.
5. Saiba motivar cada colaborador
A motivação é intrínseca, cada funcionário tem um “motivo para a ação” diferente de seu colega. Quanto mais o gestor entender o que motiva cada membro de sua equipe, mais próximo estará de excelentes resultados.
Alguns colaboradores se sentem motivados pelo reconhecimento, outros preferem uma remuneração mais alta e tem aqueles que são motivados pelos benefícios. Parte de sua equipe busca crescimento profissional, outra parte dela sustento para o hoje.
Entender como cada um da equipe se motiva ajudará a diminuir a rotatividade de pessoal. Principalmente, sabendo delegar tarefas para as pessoas exatas e na hora certa.
É fundamental trabalhar na diminuição da rotatividade de pessoal, como se vê, é imprescindível dentro do ambiente corporativo. Se estas dicas e informações foram lhe foram úteis, aproveite para compartilha-las e as coloque em prática hoje mesmo!